quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

sobre os gatos, finalmente.















Eu nunca tive um gato.
Peludo, misterioso, elegante e de olhos verdes.
Eu nunca pensei em nomes de gatos
e nem devo tê-los desenhado quando criança.

Muito provavelmente, um dia terei um gato.
Peludo, misterioso, elegante e de olhos verdes
E seu nome será Petit, bem clichê
E de vez em quando, o chamarei Petit Gateau, só para irritá-lo.

Há um complô dos gatos, eu sei.
Sei que percebem pessoas insensíveis a sua presença
e seduzem-na.
[Aqui estou eu, escrevendo sobre eles].

Gatos. Ontem eu comprei um livro sobre eles.
E faz uma semana, sonhei com um.
Peludo, misterioso, elegante e de olhos verdes.
E, agora, vou pedir um para meu benzinho.

Ele se chamará Petit
Ele me arranhará
Eu fingirei ser indiferente a ele
Ele se enroscará nos meus pés...

e me convencerá de que sou eu,
que sou dele.


P.S.: a gravura é do artista Theóphile Alexandre Steinlen (1859-1923), que adorava gatos.