vê se pode, meu Deus do céu
tanta beleza em dois pontinhos só:
olho de gato
olho de cachorro
olho de cutia
olho de curió.
vê se pode, meu Deus do céu
tanto amor em dois pontinhos apenas:
olho de preguiça,
olho de camelo
olho de vaca
olho de siriema.
vê se pode, meu Deus do céu
tanta ligeireza em dois pontinhos nus:
olho de macaco,
olho de abelha,
olho de porquinho
olho de avestruz.
é que olho de bicho é olho de bicho
não há o que explicar.
de pertinho a gente se perde
na razão que não há.
[Fer]
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2 comentários:
Vê se pode, meu Deus do Céu
Tanta fome em dois pontinhos espertos:
Olho de mico
Olho de sapo
Olho de peixe
Olho de marreco
Linda poesia. Estilo você!
Deixaria o Maneco supimpão da vida!
Te amo!
Vinicius
Amei! Linda poesia, Fernanda!
Olhinhos que sabem tanto da gente, sem a gente saber. Não há como explicar mesmo.
Um beijo
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