sábado, 24 de janeiro de 2009

Hora de rever a tribo


Hora de rever a tribo
aquele lugar onde os pensamentos não se debruçam na janela
e não falar e falar dá no mesmo – tudo é sensação
onde se despir ao ar livre é natural
e, correr assim, é só uma vontade como outra qualquer que dê libertação
porque a loucura, na tribo, é se engessar
porque a loucura, na tribo, é se poupar

Hora de rever a tribo
aquele lugar onde, na aldeia, a Terra é satélite
porque o espaço, na tribo, é o que há
porque o espaço, na tribo, sempre suporta mais uma bolsa e mais um e mais uma idéia e pássaros
porque o que não cabe na tribo são cômodos [ e nada divide]

Hora de rever a tribo
Tira o papel com o endereço do bolso da calça, daquela jogada no fundo da gaveta da cômoda velha
Chama papai, mamãe – chama também o cara.
Senão, pegue um papel – papel toalha, papel de agenda sem dia marcado, papel de bula...
E escreve assim: “hora de rever a tribo. bjos”

Coloque na porta da geladeira [não tem melhor lugar nessa civilização].


[Fernanda]

3 comentários:

Darla disse...

"porque a loucura, na tribo, é se engessar" (é verdade, é loucura seguir receitas)

"porque o que não cabe na tribo são cômodos [ e nada divide]" (muito bom isso)

Lívia disse...

engessar? e se o cara quebrar o braço? isso não é loucura, é necessidade
...mas lendo isso, me deu vontade de ir pra trindade. só nao vou me despir pq to gorda. vou lá escrever o bilhete, rsss
bjão!

Fernanda disse...

Ai Lívia! Eu não te aguento...
beijos