Sinto saudade. Sinto, simplesmente. Sinto como vertigem ou doença crônica.
Como enxaqueca. Sinto saudade. E não tem motivo certo, não tem lembrança certa.
Eu só sinto: palpitando no peito, fechando a garganta, como quando o ônibus vai
deixando longe os braços dos que acenam. E sinto-na como quem parte de um porto
a outro todos os dias, deixando-os para trás: os dias. Acho que sinto saudade
dos dias. Dias que me somam sempre que maio chega.
[Fernanda]
Um comentário:
Adoro suas poesias minha poeta! Te amo!
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