Da janela do ônibus, eu vi aquela mulher sentada no banco do ponto.
Olhos verde mar, cabelos castanhos claros, uma figura filme dos anos 80.
[Linda, a mulher].
Ela tinha os olhos longe e unha na boca. Era o gesto tão vago e eu, na janela, pensando onde estaria a mulher e quem a acordaria quando seu ônibus passasse.
A arrancada me tirou do mundo paralelo da mulher.
Talvez alguém me olhasse do lado de fora e pensasse o mesmo. [E eu, no mundo paralelo da mulher].
No final das contas, acho que somos bem menos misteriosos do que parecemos. Ouvi alguém dizer isso por esses dias, mas é bem chato não ter mistérios. E deve ser por isso que tanta gente é chata, inclusive eu.
[Fernanda]
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