terça-feira, 12 de maio de 2009

em janelas de outros mundos

Da janela do ônibus, eu vi aquela mulher sentada no banco do ponto.
Olhos verde mar, cabelos castanhos claros, uma figura filme dos anos 80.
[Linda, a mulher].
Ela tinha os olhos longe e unha na boca. Era o gesto tão vago e eu, na janela, pensando onde estaria a mulher e quem a acordaria quando seu ônibus passasse.
A arrancada me tirou do mundo paralelo da mulher.
Talvez alguém me olhasse do lado de fora e pensasse o mesmo. [E eu, no mundo paralelo da mulher].
No final das contas, acho que somos bem menos misteriosos do que parecemos. Ouvi alguém dizer isso por esses dias, mas é bem chato não ter mistérios. E deve ser por isso que tanta gente é chata, inclusive eu.


[Fernanda]

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